Os momentos mais dolorosos dessa nova vida têm encontrado-se nas alvoradas de domingo, como esta de hoje, chuvosa, enfadonha e cinza. Relembro mais uma vez de casa em uma chuva macia de pensamentos, o que me faz chorar. Os dias têm sido afáveis e o universo está conspirando a meu favor, mas esse estado desprovido de meu coração está deixando-me sem vitória na batalha com a tristeza. Ai, me bateu uma vontade de ouvir “Valsinha” do Chico no original “Construção” que está lá no meu armário de porta branca, mas contento-me com o que a tecnologia me proporciona. E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou – por alguns instantes.
Já sinto-me mais animosa, devido à ligação que recebi de um amigo – talvez o único ou um dos únicos que eu tenha aqui – confirmando um passeio no dia de hoje. Encontrei umas relíquias navegando por aqui, estou até com uma cor mais saudável, Tatamirô. É o velho Omulu Atotô Obaluaê... e as pessoas ainda me perguntam porque eu tenho tanto apreço pelo poetinha. Hoje, acalmou meu coração com suas canções relacionadas à Umbanda, amanhã talvez suas cartas de amor me levem à um estado considerável consistente. Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão, sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.
Iremos à uma feira de coisas baratas – famosa e cheia de gente à qualquer situação – e iremos assistir alguma apresentação ao vivo da juventude britânica. Parece interessante.
É difícil colocar em palavras, mas sinto-me muito melhor agora.
Cuíca, pandeiro, clarinete e violão é o que eu desejo à vocês, no caso de uma manhã como a minha. Quando o amanhã chegar eu escrevo sobre o meu fim de semana, pois agora estou saciada.
Tchau!
Tchau!
