sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cama

O dia amanheceu em resoluta ressaca, acompanhado de bom-humor, sol e um árduo frio. A vigorosa noite não saiu como o planejado, mas cheguei a conclusão de que só é preciso paixão para ver o melhor lado de cada situação e tornar-la proveitosa. Encontrei uma companheira, que até o momento, apresentou apreço por todas as minhas decisões, que tornaram-se dela as well. Penso em iniciar – de verdade – o estudo do violão, mas não sei se aqui é o lugar ideal para isso. Pode soar desusado ter o costume de citar o que tenho escutado, mas não levo em consideração essa hipótese pois neste exato momento quem me acompanha é o Marcelo Camelo em seu recém lançado disco, que está de uma graciosa qualidade e me leva à essa deliciosa preguiça de começar o dia. A parte ruim de trabalhar em casa é a sua cama quentinha chamando-o pelo nome da forma mais sedutora e sutil. Minha cama, minha namorada, minha companheira, minha bagunça só minha e minha ès minha. Sinto-te minha nesse estágio avançado da solidão cotidiana.