Boa noite. Pensei em escrever nos últimos dias, mas não me senti inspirada para tal. Por uma incrível coincidência, estou ouvindo novamente o mesmo Dylan de dia desses, mas não me canso. Pelo contrário, arde, arde que me faz bem. Acho que é assim com todos que têm coisas favoritas. Eu tenho coisas favoritas.
Tenho encontrado com uma razoável freqüência os mesmos rostos para beber alguma coisa e jogar conversas aleatórias ao vento. Hoje não tive esta vontade. Não significa que esse desejo sempre corroa as minhas escolhas, mas eu simplesmente tenho optado por esse experimento. Foi dia de acordar tarde, mesmo adormecendo cedo na noite anterior, encher o bucho de macarrão e assistir Faustão. Na realidade crua não cheguei próximo de sintonizar no simpático gordinho, foi só para dar o desfeche do pensamento.
Essa história de ficar em casa sempre nos deixa mais preguiçosos do que nunca. Comecei até a dar mais atenção para Camões. Pouca atenção, pois a preguiça bate sempre. Entardece neste quarto e o ruído gostoso do toca-discos tira a minha atenção, como sempre. Recebi notícias da futura família, do outro lado do oceano, restavam dúvidas, mas está a minha espera. A hospitalidade britânica não carrega boas referencias, mas com toda a certeza serei bem-vinda. Sinto. Acredito nos meus guias também, que acompanham meus caminhos e afastam todas as preocupações de meus pensamentos ansiosos. Fiz uma lista dos humanos próximos que virão despedir-se daqui a um mês. Um mês! Está mais próximo do que imaginamos. Escova de dentes nova, quarto novo, banheiro novo, espelho novo, roommates novos, rotina nova, amigos novos, solidão nova, cultura nova etc. Excitante, não? O Reino-Unido está violento e cada vez mais sem-educação, por isso agradeço todos os dias por ter sido concebida por esta nação mãe que é o Brasil e ter chance de conhecer e aprender com o berço do mundo: Europa. Quero ver flores no amanhecer cinza refletindo na arquitetura centenária da capital Inglesa, ler livros e virar um dinossauro sabe-tudo neste grande mundo. Viajar, viajar, viajar. Um abraço pra quem fica.
Preciso citar um fato ocorrido esta semana, que a princípio ocupou as minhas preocupações, mas hoje considero simplesmente uma dúvida confusa esquecida no meu bolso. A minha maneira de falar é compreensível? Como não fazia há tempos, abusei do interesse machista – e cavalheiro, claro – de um antigo amigo colorido de levar-me em carona para um jogo rápido de palavras. Foi realmente o que aconteceu: Uma troca de risadas sem motivo, resgate de assuntos, nomes já não citados pra lá de um ano e um carinho disfarçado de piadas. Após deixá-lo no “obrigada” - beijo no rosto – caí no esquecimento e mergulhei na madrugada em outros assuntos, outras pessoas, outras luas. Quase amanhecendo, de quem lembrar? Dele mesmo, que voltou generoso ao local combinado, para que com seu gesto de cavalheirismo terminasse a noite bem. Deixou todos em casa e na minha vez, sem nenhum trocar de palavras ou insinuações, beijou-me como se eu fosse a ultima entre as mulheres. No momento realmente era. Agora direi o que eu mais precisava: não senti nada. Foi interessantíssimo, o rapaz é incrível e temos todas as afinidades do mundo. Talvez não todas, mas muitas. Ele é um dos mais desejados e descolados caras desta minúscula cidade. O tocar de lábios e a dança das línguas foi sutilmente agradável, a troca de energias delicada e poderia soar a voz doce da Regina Spektor nos meus ouvidos ao decorrer daqueles trinta minutos, mas nada aconteceu. Nadinha de nada. Saí de lá com a maior interrogação de todos os tempos na cabeça, perguntando a mim mesma o que estaria acontecendo. Prefiro tentar não entender. Como disse uma conselheira, espero: Deve ser uma fase.
Essa história de ficar em casa sempre nos deixa mais preguiçosos do que nunca. Comecei até a dar mais atenção para Camões. Pouca atenção, pois a preguiça bate sempre. Entardece neste quarto e o ruído gostoso do toca-discos tira a minha atenção, como sempre. Recebi notícias da futura família, do outro lado do oceano, restavam dúvidas, mas está a minha espera. A hospitalidade britânica não carrega boas referencias, mas com toda a certeza serei bem-vinda. Sinto. Acredito nos meus guias também, que acompanham meus caminhos e afastam todas as preocupações de meus pensamentos ansiosos. Fiz uma lista dos humanos próximos que virão despedir-se daqui a um mês. Um mês! Está mais próximo do que imaginamos. Escova de dentes nova, quarto novo, banheiro novo, espelho novo, roommates novos, rotina nova, amigos novos, solidão nova, cultura nova etc. Excitante, não? O Reino-Unido está violento e cada vez mais sem-educação, por isso agradeço todos os dias por ter sido concebida por esta nação mãe que é o Brasil e ter chance de conhecer e aprender com o berço do mundo: Europa. Quero ver flores no amanhecer cinza refletindo na arquitetura centenária da capital Inglesa, ler livros e virar um dinossauro sabe-tudo neste grande mundo. Viajar, viajar, viajar. Um abraço pra quem fica.
Preciso citar um fato ocorrido esta semana, que a princípio ocupou as minhas preocupações, mas hoje considero simplesmente uma dúvida confusa esquecida no meu bolso. A minha maneira de falar é compreensível? Como não fazia há tempos, abusei do interesse machista – e cavalheiro, claro – de um antigo amigo colorido de levar-me em carona para um jogo rápido de palavras. Foi realmente o que aconteceu: Uma troca de risadas sem motivo, resgate de assuntos, nomes já não citados pra lá de um ano e um carinho disfarçado de piadas. Após deixá-lo no “obrigada” - beijo no rosto – caí no esquecimento e mergulhei na madrugada em outros assuntos, outras pessoas, outras luas. Quase amanhecendo, de quem lembrar? Dele mesmo, que voltou generoso ao local combinado, para que com seu gesto de cavalheirismo terminasse a noite bem. Deixou todos em casa e na minha vez, sem nenhum trocar de palavras ou insinuações, beijou-me como se eu fosse a ultima entre as mulheres. No momento realmente era. Agora direi o que eu mais precisava: não senti nada. Foi interessantíssimo, o rapaz é incrível e temos todas as afinidades do mundo. Talvez não todas, mas muitas. Ele é um dos mais desejados e descolados caras desta minúscula cidade. O tocar de lábios e a dança das línguas foi sutilmente agradável, a troca de energias delicada e poderia soar a voz doce da Regina Spektor nos meus ouvidos ao decorrer daqueles trinta minutos, mas nada aconteceu. Nadinha de nada. Saí de lá com a maior interrogação de todos os tempos na cabeça, perguntando a mim mesma o que estaria acontecendo. Prefiro tentar não entender. Como disse uma conselheira, espero: Deve ser uma fase.
Sagitário: Você está mais caseira e intimista. A combinação de planetas no céu favorece atividades como escrever e desenhar. Use sua criatividade para fazer um blog, expressando sua forma de ver o mundo, suas angústias e seus sonhos. Dica: reflita um pouco sobre seus valores. Procure observar as pessoas que você admira.
Acabei de achar esta citação, na revista adolescente da irmã mais nova que estava entreaberta sob a mesa. Parece que estou seguindo direitinho as “dicas”. O amigo colorido faz mapa astral! Descobri hoje que o Balzaquiano também está por dentro da linguagem dos astros e justifica muitas decisões com argumentos deste segmento. Acho interessante. Gosto desse tipo hippie. Queria ser hippie – mentira.
Basta.
Acabei de achar esta citação, na revista adolescente da irmã mais nova que estava entreaberta sob a mesa. Parece que estou seguindo direitinho as “dicas”. O amigo colorido faz mapa astral! Descobri hoje que o Balzaquiano também está por dentro da linguagem dos astros e justifica muitas decisões com argumentos deste segmento. Acho interessante. Gosto desse tipo hippie. Queria ser hippie – mentira.
Basta.
