sábado, 19 de julho de 2008

SEXTA-FEIRA, 18.07.2008

Ao som de “Be my life’s companion” flutuo entre dezenas de cédulas de cinqüenta reais, que em breve tornar-se-ão aquelas notinhas valiosas com a face da rainha estampada em cada uma delas. Alegremente saltitante vejo o objetivo aproximar-se cada vez mais e acariciar minha alma com aquele calafrio cortante e delicioso da ansiedade. Seria embaraçoso, gritar, por isso chacoalho as pernas e braços de forma com que este movimento transforme cada membro de meu corpo em um metal. Isso também é embaraçoso, mas de que me importa agora? Salve o piano de Billy Kyle! Salve o contrabaixo de Mr. Shaw! Salve Danny Barcelona na bateria! Salve Joe e o seu clarinete! Salve the Big Chief Russel Moore e seu trombone! Salve as suaves cordas do banjo e do violão de Glen Thompson!

As energias da natureza me recompuseram ontem, até esqueci de citar. Nada neste século poderia amparar melhor a aurora de uma quinta-feira ardente do que namorar o encontro do céu e do mar da formosa praia do Tombo. Saciar a fome com filé de peixe ao molho de camarão feito na hora, mergulhar em “Para viver um grande amor” pela centésima vez e brindar o início da tarde com uma cocada das boas, junto a uma grande parceira e também a minha caçula e única irmã, Amanda.

Deixarei-vos na solitude desta breve e amigável prosa, para que eu possa enfrentar o dilema, célebre pelo sambinha – Ary Barroso que me perdoe o polêmico termo - de Noel Rosa, da escolha da roupa perfeita para encarar novamente a metrópole no dia de amanhã.