quarta-feira, 9 de julho de 2008

Metrópole

TERCA-FEIRA - 8/7


Anda inspirada a cada segundo que passa nesta fase. Já pisou na areia, já ouviu boa música, já viu o mar, já caminhou seis quilômetros à beira, já foi ao banco para acertar suas economias, já cochilou sem querer e já foi dar um abraço apertado na avó querida, que pula para a casa dos setenta no dia de hoje. Também já cuidou da pele, da roupa, do cabelo e da casa.



Entre um estresse e outro, contas e assuntos não resolvidos recebe o convite para badalar na capital. O que poderia ser mais interessante do que brindar o novo com os amigos de tempos naquela imensa metrópole? Talvez ficar em casa naquela imensidão de discos, livros, filmes e programas de TV poderia ser uma melhor alternativa e não exigiria tanta disposição e dinheiro. Mas quem está falando de disposição e dinheiro? Estamos falando de diversão. Diversão é relativo – o que não é relativo, sua burra? - pois o que pode ter sido divertido certa vez, pode perder a graça desta, ou para o outro.



Não concorda com aquelas pessoas, mas sente falta. É quase impossível colocar em palavras seu sentimento de ansiedade, decepção e ao mesmo tempo entusiasmo. Todas as partes torcem para que se torne uma noite agradável, onde a falsidade impere sem deixar que a verdade apareça, fazendo com que todos estejam em perfeita harmonia com todos, sem mágoas ou algum pingo de inveja. Eita mundinho miserável que é São Paulo! São Paulo, Santos e até mesmo Londres. Quer fugir para algum lugar onde as pessoas sejam diferentes sem que seja necessária a diferença e onde ser igual seja também uma qualidade. Quer encontrar flores no caminho, perfume e canções de amor. Mesmo que atravesse festas, música eletrônica, neon e glitter, torce para que todos estejam lá por um motivo razoável: diversão.



Gosto e não gosto. Gosto e não gosto. Gosto e não gosto. Gosto e não gosto.
Poderia repetir isso milhões de vezes, pois realmente gosto e não gosto.



Acho melhor agora retirar-se e descansar, pois senão o desgosto tomará conta da noite na metrópole, e não é o que queremos que aconteça.



Boa noite, você está linda, quanto tempo não a vejo, fico feliz por você, let’s celebrate.